Atender à NBR 10151 e providenciar o laudo de ruído externo já é o suficiente para trazer valor à organização e conviver em paz com o seu entorno? Saiba como ir além da documentação e valorizar ainda mais esta atitude em sua empresa.
Se a atividade de produção de sua empresa gera qualquer tipo de ruído ou som que seja forte o suficiente para chegar até o seu entorno, certamente você já deve ter ouvido ao menos falar sobre a exigência da NBR 10151 – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade, que determina a necessidade de um laudo de ruído ambiental externo sobre o potencial impacto causado pela atividade empresarial em sua comunidade. Por isso, é comum que organizações contratem uma consultoria ambiental em Campinas ou de outras cidades para atender a esta exigência. Mas, será que isto é suficiente para gerar valor à empresa?
Esta pergunta é crucial e, por vezes, esquecida pelos gestores de segurança do trabalho. Afinal, se uma empresa já realizou todos os procedimentos para medição e avaliação dos níveis de pressão sonora causados por sua atividade em sua área externa, por que se preocupar com algo além da do cumprimento do atendimento a norma NBR 10151? Ora, simplesmente pelo fato de que a organização, neste caso, é mais um integrante de uma vizinhança, pertencendo a um espaço comum dividido com outras pessoas.
E, como uma boa integrante de uma vizinhança, é valoroso que a empresa se atente a como manter um bom convívio com as pessoas que a cercam, numa relação saudável que seja capaz de proteger e até beneficiar a sua imagem e reputação. Tal princípio será crucial não só para preservar a forma positiva como a empresa é vista pelos demais, mas também para garantir que sua atividade poderá continuar naquele espaço sem interferências.
Para isso, é determinante que os envolvidos com segurança do trabalho comecem, sim, pelo atendimento à normativa para um laudo de avaliação de ruído perimetral NBR 10151, buscando o auxílio de uma consultoria ambiental, mas que não se limitem apenas a isto. E o post de hoje traz algumas dicas para que você amplie sua visão neste aspecto. Olha só!
A atividade de mineração, por exemplo, é um dos segmentos em que a NBR 10151 é essencial.
NBR 10151 – 3 dicas para ir além do laudo de ruído externo
1 – Crie um canal de diálogo
É fato que uma organização precisa atender à NBR 10151 havendo ou não reclamações a respeito dos ruídos causados por sua atividade. Mas, e se um dia houver reclamações, para quem estas pessoas irão fazê-las? Antes que elas façam uma denúncia diretamente à CETESB, por exemplo, o que geraria no mínimo uma visita do órgão responsável, seria muito mais válido que estas pessoas se comunicassem diretamente com a empresa.
E, como uma boa vizinha, a organização procuraria sanar os eventuais problemas gerados naquele dia, sem a necessidade de envolver uma denúncia oficial. Para isso é que estabelecer um canal de diálogo é fundamental. Seja por meio de uma “linha verde”, pela internet ou até pessoalmente, o importante é que a vizinhança saiba que há como e com quem falar naquela organização se tiver qualquer tipo de incômodo pontual.
2 – Comunique-se com sua vizinhança
Estar com todas as exigências da NBR 10151 em um laudo de ruído perimetral em dia e ter um canal oficial à disposição da comunidade não precisa ser as únicas atitudes da empresa. Em vez de uma postura assim, que soa como “estou correta e, se vocês quiserem, podem vir falar comigo”, seria muito mais vantajoso se a empresa adotasse uma postura disposta a se comunicar. Afinal, estamos falando de seus vizinhos.
Por exemplo, será que a comunidade sabe por que o ruído é gerado e como ele chega até suas casas? Será que as pessoas que moram ali entendem a importância para a sociedade daquilo que a empresa está produzindo e conhece todas as formas pelas quais ela busca estancar ao máximo possível um impacto na comunidade? Quando uma empresa fala sobre estes pontos com o seu entorno e se dispõe a ouvir as dúvidas das pessoas, cria-se uma imagem muito mais amigável e, obviamente, mais favorável à própria organização.
3 –Realize ações em conjunto
Quando nós dividimos um espaço com alguém, fazer a sua parte é essencial. E não se trata apenas de cumprir leis e normas, mas também de procurar melhorar o local em que vivemos. Por isso, a atitude proativa da empresa em procurar formas de contribuir com o seu entorno poderá fazer dela uma integrante consciente a respeito do espaço que ocupa.
E, neste sentido, é muito importante frisar que não se trata de assistencialismo ou algo parecido, mas simplesmente de se colocar à disposição para colaborar. Para isso, a organização pode procurar entender melhor o local em que vive, investigando como está o seu espaço público, quem são as pessoas que moram ali, se existe alguma ONG local que realize um trabalho responsável e até se já existem iniciativas em prol da comunidade das quais a empresa pode, simplesmente, participar como mais um dos envolvidos.
E na sua empresa, como funcionam as questões ligadas à NBR 10151? Há ações que vão além de um laudo de ruído externo? Compartilhe sua experiência conosco nos comentários abaixo.