É indiscutível que o uso dos EPIs é essencial para qualquer empresa. Mas, além de atender à NR 6, por que a organização deveria não se contentar em focar apenas na obrigatoriedade da norma? Veja, neste post, 3 motivos para você ir além!
A NR 6, norma regulamentadora que fala acerca do uso de EPIs, é uma das mais conhecidas quando o assunto é saúde e segurança do trabalho, não só porque se trata de algo que faz parte diretamente do dia a dia da maioria dos trabalhadores da indústria, mas também por ser uma prática de segurança que é facilmente compreendida por todos – regulamentadores, empresas e colaboradores. Ou seja, dificilmente alguém discute a necessidade de se proteger dos riscos do seu trabalho. Mas, será que focar apenas na obrigatoriedade supre a importância do uso de EPIs?
Fazer este tipo de questionamento é importante porque, basicamente, a NR 6 envolve o comportamento humano no dia a dia. Afinal, para o trabalhador tomar o cuidado de sempre se proteger usando os EPIs e não subestimar a sua necessidade é preciso que haja conscientização de verdade, pois isso garantirá que, no seu cotidiano, o colaborador não deixe os seus equipamentos de lado. E consciência não se consegue apenas por meio da obrigatoriedade, não é mesmo?
Ou seja, a empresa atender à NR 6 e dizer aos seus funcionários que é obrigatório usar os EPIs, muitas vezes, não é suficiente para que os equipamentos sejam usados, de fato, no decorrer do dia a dia. Por isso, é tão importante não focar apenas em que a NR 6 se resolve com a exigência de ser algo obrigatório. No post de hoje, separamos três dicas de como ir além e incentivar nos colaboradores um olhar diferenciado sobre o uso de EPIs. Olha só:
1. Repense a sua SIPAT
A famosa Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), organizada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), pode já ser uma rotina básica na sua empresa. De tão comum, pode ser que a CIPA a esteja realizando sempre no mesmo formato já há alguns anos, repetindo as formas de transmitir a informação e tentar despertar a atenção dos colaboradores para questões importantes sobre saúde e segurança. Por isso, que tal repensar um pouco esta oportunidade de falar com os funcionários?
Para isso, reveja o que foi feito nos últimos anos e reflita se, com isso, obteve-se um resultado concreto no dia a dia do trabalho das pessoas. A conduta sobre segurança melhorou? Houve uma melhora visível no cuidar da saúde das pessoas? Como os EPIs estão sendo tratados? Com base nisso, será possível colocar algumas ideias em prática, como as que vêm a seguir.
2. Faça exposições atrativas
Aquele stand-up engraçado na SIPAT para chamar a atenção do pessoal pela via do humor ou da descontração nem sempre pode ser a melhor forma de causar um impacto positivo nos colaboradores.
Pense, por exemplo, em uma exposição mais atrativa, que sensibilize as pessoas de forma diferenciada, convidando um funcionário muito antigo da empresa para dar um depoimento de como o uso de EPIs o protegeu em alguma situação específica e preservou sua integridade, ou convidando alguém que sofreu algum acidente sério em sua condição de trabalho para dizer o quanto teria sido importante ter se protegido com o uso de EPIs.
Encontrar pessoas para isso pode dar um pouco mais de trabalho, mas certamente sensibilizará os ouvintes de forma especial, muito mais do que uma palestra formal ou do que a fala de um médico do trabalho, apesar de todos estes caminhos de exposição terem cada um a sua devida importância.
3. Vá além do uso de EPIs
Ora, de que adianta um funcionário se preocupar em sempre usar um capacete, se a sua coluna dói constantemente pela postura errada ou por um problema mais grave? Ou, então, a pessoa sempre fazer o uso obrigatório das luvas, como manda a NR 6, mas sentir fortes dores no punho por conta de alguma LER (Lesão por Esforço Repetitivo) causada em sua própria atividade? Pensando de forma mais abrangente, fica claro que a NR 6 foca em medidas protetivas frente aos riscos do trabalho, mas que há também outras preocupações preventivas que devem fazer parte do dia a dia se um ser humano. E será que os funcionários de sua empresa se atentam a isso ou estão cientes de tal necessidade?
Portanto, é essencial que a empresa pense em formas de despertar esse olhar mais abrangente sobre saúde em seus funcionários. Claro que não se trata de sua obrigação, afinal o papel de uma organização é outro, mas inclui um cuidado e uma preocupação muito bem-vindos com as pessoas que são responsáveis pelo lucro da empresa, algo que a própria NR 6 não chega a prever ou deixar explícito.
Para isso ser possível, pense em trazer informações na própria SIPAT que não foquem apenas no uso dos EPIs, como manda a NR 6. Procure falar sobre alimentação saudável, exercícios físicos, postura correta (durante a própria atividade do trabalho, inclusive), dentre outras temáticas que envolvem qualidade de vida de forma geral, para além da obrigatoriedade dos equipamentos de segurança.
Além disso, é possível organizar nos canais de comunicação interna da empresa, como murais ou TVs no refeitório, algumas formas de transmitir pequenas dicas sobre saúde no dia a dia. Com o tempo, isso certamente representará uma melhora visível na condição física e mental dos colaboradores, o que, claro, impacta no resultado final da empresa.
Qual destas dicas você já tentou implementar na sua empresa e foi bem sucedida? Qual delas não deu muito certo? Conte para gente aqui embaixo, nos comentários, e aproveite para nos enviar suas principais dúvidas acerca da NR 6.
Nossos especialistas estão à disposição para lhe ajudar a entender melhor essa norma e falar sobre o uso dos EPIs na sua empresa. Entre em contato!
