Elaborar um Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico para ser aprovado pelo Corpo de Bombeiros é uma tarefa complexa, que exige uma série de requisitos e documentações. Neste post, nós lhe contamos o essencial que você, empresário, precisa saber.

Quando o assunto é segurança do trabalho, uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo empreendedor é dar conta de se inteirar sobre tudo aquilo que é importante para atender a tantas normas e obrigações técnicas. E justamente por se deparar com tal complexidade, muitas vezes fica difícil para a empresa acompanhar o trabalho do profissional técnico que está lhe ajudando no atendimento às obrigações. Por isso, ficar por dentro, pelo menos, dos principais pontos de assuntos como Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico é fundamental para que o empresário não fique rendido diante do seu fornecedor.

Nesse caso, além de uma questão de acompanhar o processo que envolve o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico, estar inteirado do assunto ajuda o empreendedor a se conscientizar a respeito do que é importante haver, no espaço de sua empresa, para proteger seus colaboradores e bens materiais de possíveis acidentes com fogo. Afinal, nós nunca esperamos precisar, de fato, utilizar aqueles vários extintores que ficam pendurados ao longo dos corredores da empresa. Mas, e se um dia for necessário, será que todos estão realmente preparados para isso?

Portanto, seja no que se refere aos papéis, documentações e processos, ou seja no que consiste na prática do dia a dia, ter pessoas dentro da empresa conscientes da existência e importância do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico é crucial para que tudo funcione como esperado a fim de proteger pessoas e materiais de desastres com fogo. Fique ligado nos três pontos essenciais que separamos abaixo e depois nos conte quais são as suas dúvidas.

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Quais empresas precisam do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico?

O Projeto de Segurança contra Incêndio e Pânico é obrigatório para qualquer área construída com mais de 750 m², além de casos específicos, como condomínios, áreas para reunião de público ou ambientes que abriguem gás natural e explosivos. Esses espaços podem ser divididos de acordo com o seu tipo de construção: combustíveis, feitos total ou parcialmente de madeira; resistentes ao fogo, construídos com ferro ou tijolos; e incombustíveis, que são os construídos inteiramente por concreto.

Nesses tipos de espaço, será necessário contratar um engenheiro de segurança do trabalho para elaborar o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico e dar entrada no pedido de aprovação do mesmo no Corpo de Bombeiros.
Afinal, há diferentes graus de riscos que precisam ser avaliados ao se verificar o potencial de problemas com incêndios de uma edificação, classificados geralmente em Risco Leve (RL), Risco Moderado (RM) e Risco Elevado (RE).

Assim, as áreas de riscos de uma empresa podem ser tidas como: Isolada, ou seja, distante e separada de qualquer área de risco por um espaço desocupado; Risco Compartimentado, onde há elementos verticais ou horizontais na construção que ajudam a evitar a propagação do fogo; e Risco Incorporado, abrangendo os espaços que facilitam a propagação do fogo para outros locais.

Sendo assim, pensando no caso aí da sua empresa, já imaginou qual seria o potencial de risco de um incêndio se alastrar pelo seu espaço? Será que o material de sua construção facilita ou dificulta esse processo?

O que o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico deve conter?

Agora que você já sabe um pouco sobre como esse projeto impacta diretamente no tipo de construção sobre o qual sua empresa está estabelecida, é importante saber que, na hora de dar entrada no pedido de aprovação do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico, você precisará organizar juntamente com o seu responsável técnico, basicamente: o requerimento específico do Corpo de Bombeiros de sua cidade, a fim de dar entrada no pedido de aprovação; a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) de quem elaborou o projeto para você; uma cópia do projeto de arquitetura da construção de sua empresa; e a cópia do próprio Projeto de Segurança contra Incêndio e Pânico.

Aqui, é interessante destacar que, geralmente, pode-se organizar o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico em algumas partes essenciais, como: anteprojeto, projeto básico e projeto executivo. Isso dependerá da organização de execução do profissional que estiver lhe ajudando, mas ter consciência disso lhe ajudará a entender melhor o processo de elaboração do projeto, que pode passar por essas três etapas. Ao longo delas, há de se prestar atenção, sobretudo, aos chamados “memoriais de cálculos”, que abrangem os seguintes itens importantes para sua empresa:

– Dimensionamento da saída de emergência;
– Carga de incêndio;
– Isolamento de risco;
– Dimensionamento da bomba de incêndio;
– Sistema de proteção por hidrante.

Com isso, será possível dar entrada na aprovação do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico, que normalmente é avaliado pelo Corpo de Bombeiros por ordem de protocolo, com um prazo de retorno que varia de vinte a trinta dias, a depender de cada caso e cidade.

Estando tudo correto, o projeto é aprovado, e a empresa pode dar seguimento ao Laudo AVCB.

E como fica o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico na prática?

Falando de forma prática, no dia a dia as pessoas que trabalham na sua empresa perceberão a presença dos itens do Projeto de Segurança contra Incêndio e Pânico em detalhes como:

– A posição dos extintores e hidrantes;
– Os locais e tamanhos das saídas de emergência;
– Onde ficam os acionadores de alarme no caso de incêndio;
– As características da reserva e da bomba de incêndio;
– A sinalização nos corredores e portas indicando as direções para onde sair em caso de emergência.

Mas, como sempre falamos aqui no nosso Blog, o melhor caminho da segurança do trabalho na prática do cotidiano é a prevenção. Fora do Brasil, costuma ser mais comum para as pessoas participarem ativamente de treinamentos e simulações sobre o que fazer em situações de emergência, até mesmo pelo convívio com maior risco de acidentes ocasionados por desastres ambientais.

Porém, também precisamos adotar uma cultura proativa de preparação no nosso país, conscientizando as pessoas acerca do local onde elas trabalham: quão perigoso é o potencial de incêndio ou emergência aqui? O que devemos fazer para se proteger na ocorrência de um incêndio? A quem devemos chamar nesse caso?

Tudo isso ajudará que o complexo e longo processo de elaboração e aprovação do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico faça mais sentido à sua realidade.

Agora, conte-nos qual foi a sua experiência com a aprovação do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico. Tem mais dúvidas? Há algo que é do seu interesse e não está nesse post?

Compartilhe conosco aqui embaixo nos comentários e não deixe de contatar nossa equipe de profissionais para fazer uma visita na sua empresa e lhe ajudar pessoalmente.